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Seminário de Tecnologia e Inovação

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Florianópolis (SC) – “Cada real  investido em programas de defesa  gera multiplicador de 9,8 em valor do Produto Interno Bruto (PIB). O investimento  em defesa é altamente lucrativo e dá retorno”, disse o General de Exército Juarez Aparecido de Paula Cunha, Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército Brasileiro, durante seminário que debateu as oportunidades para a indústria, a defesa e academia. Para cerca de 200 participantes, de diversos Estados brasileiros, ele informou que nos últimos anos, cada real investido em sistemas de defesa gerou 10 vezes esse valor em divisas de exportação, e citou como exemplo a Embraer. O encontro foi promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) em conjunto com o Exército e a UFSC, em 11 e 12 de abril passado, em Florianópolis.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, por sua vez, disse que boa parte do que o setor de defesa demanda é importado e Santa Catarina fabrica praticamente todos os produtos que os militares consomem. “As Forças Armadas, sobretudo o Exército, são grandes demandantes de produtos que fabricamos em Santa Catarina, mas que hoje temos uma participação muito baixa no suprimento das necessidades deles. Portanto, estamos fazendo um grande esforço no sentido da aproximação da indústria com as Forças Armadas e, por outro lado, temos buscado uma grande aliança em torno de inovação, ciência e tecnologia que também é tradição do Exército”, afirmou.

O reitor da UFSC, professor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, enfatizou a importância do alinhamento da universidade com o setor produtivo. “Que a presença da universidade se caracterize por um alto grau de confiança. Para nós, ensino é pesquisa, extensão e inovação. A universidade tem um compromisso muito forte com a sociedade, ou seja, com a redução das desigualdades e com a geração de emprego, renda e crescimento econômico. Isso significa estar permanentemente ao lado dos setores produtivos, seja da indústria, do comércio ou do serviço”, afirmou.

A FIESC, UFSC e Exército estão trabalhando em conjunto baseadas no modelo tríplice hélice, que busca o desenvolvimento de novas tecnologias a partir da aliança entre governo, indústria e academia. Por meio desse modelo, as instituições unem esforços em todas as etapas do processo produtivo, permitindo que os demandantes estejam em contato direto com o desenvolvimento de produtos e tecnologias.

Durante o seminário foi realizado painel do qual participaram integrantes do Exército Brasileiro, EMBRAPII, UFSC e SENAI. Um dos focos do debate foi o aumento do conteúdo nacional. O Exército enfatizou que a prioridade é buscar material brasileiro para atender as demandas da instituição.

Por meio do Comitê da Indústria de Defesa (COMDEFESA), coordenado pelo industrial Cesar Augusto Olsen, a FIESC tem buscado a aproximação da indústria catarinense com as demandas das Forças Armadas. Além disso, promove a geração de oportunidades de negócios e o desenvolvimento do setor de defesa como segmento estratégico para o Estado. O segmento de defesa brasileiro compra de alimentos a munição e oferece oportunidades para as mais diversas atividades da indústria.

Fonte: Assessoria de Imprensa da FIESC

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